Debate tem tensão inicial, troca de ataques e discussão lateral sobre a cidade de SP – 17/09/2024 – Poder


No primeiro debate após a agressão de José Luiz Datena (PSDB) a Pablo Marçal (PRTB) com uma banqueta, os ânimos seguiram exaltados –o programa da Rede TV! e do UOL, na manhã desta terça-feira (17), teve bate-boca, xingamentos e advertências aplicadas pela mediadora Amanda Klein.

Marçal afirmou que, ao lhe dar a cadeirada, Datena teve um “comportamento de orangotango” e que havia sofrido uma tentativa de homicídio. “Ele não é homem, é um agressor”, disse.

O tucano afirmou que não estava “nem um pouco feliz com o que aconteceu”, mas ponderou: “desde criança meu pai ensinou que eu tinha que honrar a mim mesmo e minha família até a morte”.

“O único jeito de falar com um bandido condenado, ladrão de velhinha virtual, é na Justiça. Você pode me provocar, eu não bato covarde duas vezes”, disse a Marçal.

Marçal chegou ao debate com tom agressivo. Na primeira pergunta que pôde fazer, se recusou a chamar o prefeito Ricardo Nunes (MDB), para quem iria perguntar, pelo nome, chamando-o de “bananinha” ou de “futuro ex-prefeito”, o que rendeu uma bronca da apresentadora.

No primeiro bloco, Datena, Nunes, Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB) se uniram contra Marçal, lamentando o episódio de violência no debate da TV Cultura no domingo (15) e o nível da disputa. Os adversários acusaram Marçal de ser agressivo e mentir, responsabilizando ele pelas baixarias.

“Estou muito decepcionado com a sua participação nesse processo eleitoral e digo isso com todo respeito. Você chegou só agredindo a todos”, disse Nunes a Marçal.

“Quando a eleição passar, ninguém vai lembrar das polêmicas e gritarias do debate porque não dizem nada sobre os problemas que a cidade enfrenta”, afirmou Boulos. Em outro momento declarou: “Você ataca, mente e, depois, toma cadeirada”.

“Ele mente e ataca porque ganha dinheiro com isso”, afirmou Tabata, que disse não ter medo de Marçal e o acusou de tentar censurar posts dela contra ele.

Fugindo à inflamação habitual, Marçal chegou a pedir perdão a Tabata por tê-la acusado de ser responsável pelo suicídio do pai, mas a candidata não respondeu se o perdoava. “Eu realmente fui injusto com a Tabata, eu passei do limite”, disse ele.

Logo nos primeiros minutos, Marçal e Nunes protagonizaram um bate-boca, que seguiu fora dos microfones e lhes rendeu uma advertência cada. Segundo as regras do debate, a segunda advertência levaria à expulsão do candidato do bloco e a terceira, à expulsão do debate.

O influenciador havia dito que o prefeito agrediu sua mulher, que registrou um BO contra ele por ameaça em 2011. Nunes afirmou que nunca levantou um dedo para a esposa.

O prefeito afirmou que Marçal usa “a forma da malandragem de cadeia”, enquanto o influenciador rebateu declarando que Nunes seria “preso por tocar na merenda das crianças”.

O tom geral do programa, no entanto, foi de enfrentamento. Outras polêmicas e acusações também foram trazidas à tona –Marçal acusou Nunes pela máfia das creches; o prefeito lembrou a condenação do influenciador por participar de uma quadrilha de fraudes; Datena cobrou Nunes pela infiltração do PCC no transporte público; o prefeito acusou Boulos de ser a favor das drogas; Marçal explorou a pecha de invasor do deputado do PSOL; Boulos questionou Nunes sobre a fila de exames; Marina Helena (Novo) disse que Tabata usa jatinhos para visitar o namorado; e Datena perguntou à candidata do Novo se atacar as instituições não seria ruim para a democracia.

Os candidatos negaram as acusações e usaram diversos direitos de resposta para explicar as polêmicas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *