Ana Paula Rossi seguiu passos do pai na política de Osasco – 18/09/2024 – Cotidiano


Recém-formada em pedagogia, Ana Paula Rossi tinha 19 anos e lecionava na escola de educação infantil João de Barro, em Osasco, na Grande São Paulo, quando precisou assumir a direção da Rádio Nova Difusora, a emissora da família.

Era janeiro de 1989 e o pai, Francisco Rossi, hoje com 84 anos, iniciava seu segundo mandato na Prefeitura de Osasco —já havia sido prefeito entre 1973 e 1977. Assim, Ana Paula começou sua carreira como gestora da rádio, função que exerceu até 2003, quando foi convidada para ser secretária de Assistência e Promoção Social da gestão do então prefeito Celso Giglio (PSDB).

Ela até trabalhava nos bastidores das campanhas do pai e pensava em seguir a carreira política, mas era muito tímida. Com o convite de Giglio, ela criou coragem e então não parou mais.

Em 2004, foi candidata a prefeita pelo PHS (Partido Humanista da Solidariedade) e ficou em terceiro lugar na disputa. No ano seguinte, foi convidada pelo prefeito eleito, Emidio de Souza (PT), para ocupar o mesmo cargo que ocupara na gestão anterior.

Em 2008, foi eleita pela primeira vez vereadora de Osasco, cargo que ocupou em dois outros mandatos (de 2016 a 2023). Ela ainda foi secretária municipal de Educação em 2017, e desde 2018 atuava também como Procuradora Especial da Mulher.

Suas principais plataformas eram a luta contra a pedofilia, pelos direitos das crianças e dos idosos e o combate à violência contra a mulher. Foi ainda presidente do PHS, do PMDB e há 11 anos estava na presidência do PL Osasco. Também ocupava o cargo de secretária estadual do PL Mulher de São Paulo.

Ana Paula Rossi de Almeida Magdesian nasceu em São Paulo em 9 de março de 1969. Filha de Francisco Rossi e de Ana Maria Rossi, 77, era irmã mais velha de Francisco Rossi Junior, 51, e Ana Lúcia, 45.

Em 1995, se casou com o comerciante Sizefri Garbis Magdesian, 64, e, não podendo ter filhos, adotou três crianças: Mariana, Stephane e Pedro, os maiores amores de sua vida. Ana Paula também era mãe de pets—tinha dois cachorros, cinco gatos e uma tartaruga.

No final de junho deste ano, foi diagnosticada com um câncer do tipo linfoma não Hodgkin e estava em tratamento no Hospital do Rim desde o dia 8 de julho. Lutou até o fim e morreu no último dia 8 de setembro, aos 55 anos, rodeada de familiares e amigos. Deixa o marido, os três filhos, os pais e os irmãos.

“A minha irmã foi um dos melhores seres humanos que eu conheci. Sempre disposta a ajudar o próximo. Era o ponto de equilíbrio da nossa família. Toda a sua vida foi pautada no amor”, diz o irmão Junior.

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