O que é e qual a função da Estação Espacial Internacional

O que é e qual a função da Estação Espacial Internacional

A Estação Espacial Internacional (ISS) é um laboratório espacial que está na órbita da Terra há 25 anos. Ele é utilizado para estudar temas como fisiologia humana, radiação, engenharia, biologia, física e agregar conhecimento para futuras missões de exploração do espaço.

É o maior objeto feito pelo homem que já orbitou a Terra, tendo o tamanho de uma casa com seis quartos. Dentro da ISS existem seis dormitórios, dois banheiros, uma academia e uma janela panorâmica de 360 graus.

O laboratório é fruto de uma colaboração entre a Nasa (Agência Espacial dos Estados Unidos), a ESA (Agência Espacial Europeia), a CSA (Agência Espacial Canadense), a Jaxa (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial) e a Corporação Estatal de Atividades Espaciais Roscosmos, da Rússia.

Como funciona a ISS?

O laboratório espacial foi construído entre 1984 e 1993 e está tripulado desde 2000, já tendo recebido mais de 270 astronautas. Durante seu funcionamento, já foram necessárias mais de 260 caminhadas espaciais para sua montagem, manutenção e reconfiguração.

Ao longo das transferências ela é capaz transportar uma tripulação de três a 13 pessoas simultaneamente e hospeda de forma fixa até sete pessoas. A ex-astronauta da Nasa Peggy Whitson estabeleceu o recorde de passar o maior tempo vivendo e trabalhando no espaço, 665 dias completados em 2017.

Membros da primeira expedição à Estação Espacial Internacional: da esquerda para a direita está Yuri P. Gidzenko, William M. Shepherd; e Sergei K. Krikalev / Nasa

Em 24 horas, a estação espacial faz 16 órbitas em torno da Terra, viajando pela atmosfera baixa, a 408 quilômetros da superfície do planeta. Após o lançamento, uma espaçonave pode chegar a ISS em até quatro horas.

A estação perde, em média, 100 metros de altitude e, de tempos em tempos, é necessário fazer um impulsionamento para que a ISS não caia no nosso planeta. O site AstroViewer mostra sua posição atual e o que os astronautas estão vendo no momento. Ainda, a Nasa transmite ao vivo o que está acontecendo no módulo em seu canal do Youtube.

Pesquisas de radiação à fisiologia humana

A ISS já produziu 3.700 experimentos em seu ambiente de microgravidade que geraram cerca de 500 artigos de pesquisa publicados em revistas científicas. Só em 2023, foram criadas 500 investigações no local.

Astronauta Kate Rubins fazendo reparos em peças da Estação Espacial Internacional durante a Expedição 49, em 2016
Astronauta Kate Rubins fazendo reparos em peças da Estação Espacial Internacional durante a Expedição 49, em 2016 / Nas

No ano passado, ficaram em destaque as análises de como os raios da atmosfera geradas por tempestades afetam a atmosfera e o clima da Terra, ajudando na melhora das previsões climáticas. Também, uma pesquisa da CSA (Agência Espacial Canadense) estudou as tecnologias usadas em ultrassons 2D e 3D para definir qual é mais precisa para melhorar a saúde da tripulação e das pessoas na Terra.

Ainda, uma investigação sobre a dispersão de bolhas de gás em espumas trouxe resultados para melhorar essas substâncias em várias utilidades. A pesquisa forneceu informações que podem ser úteis no combate a incêndios e tratamento de água no espaço e produção de detergentes, alimentos e medicamentos na Terra.

Por ano, as centenas de pesquisas feitas na ISS ajudam a incrementar tecnologias para os astronautas e a população terrestre.

Seus possíveis objetivos

A ISS continuará a ser um laboratório funcional em órbita até pelo menos 2030. Porém, depois disso, sua vida útil chegará ao fim. É previsto que, quando esse ano chegar, a estrutura de módulos e radiadores, além do sistema que faz o acoplamento de outras espaçonaves, alcançará seu limite de utilização segura.

Estação Espacial Internacional vista passando pela América do Sul em fevereiro de 2001
Estação Espacial Internacional vista passando pela América do Sul em fevereiro de 2001 / Nasa

A Nasa diz que ainda está estudando as opções viáveis para desabilitar o laboratório espacial. Algumas das opções são desmontá-lo e enviá-lo de volta para a Terra — o que consideram um trabalho extremamente custoso e trabalhoso; dar um impulso capaz de colocá-lo em uma órbita mais alta, um “cemitério espacial”, assim como fazem com alguns satélites; ou fazer uma reentrada controlada até a nossa superfície, possibilidade que pode gerar riscos para a população devido à queda de destroços.

No final, é provável que não haverá apenas uma medida escolhida e que as agências usem todos os seus recursos para fazer uma desabilitação da ISS de modo responsável.

douglasc

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