Bird Box Barcelona apresenta novo olhar para a franquia com religião e antagonismo [REVIEW]

Bird Box Barcelona apresenta novo olhar para a franquia com religião e antagonismo [REVIEW]

Estrelado por Mario Casas, Bird Box Barcelona mantém qualidade do filme original com novos elementos

Com o sucesso de Bird Box, filme estrelado por Sandra Bullock lançado em 14 de dezembro de 2018, Netflix não demorou muito para expandir a produção baseada em Caixa de Pássaros (2014), livro escrito por Josh Malerman. Nesta sexta, 14, o streaming lança Bird Box Barcelona, responsável por apresentar novo olhar para a franquia (com perdão do trocadilho) com religião e dinâmica de antagonismo.

Diferente do primeiro filme, Barcelona não tem nenhum livro como base, mas Malerman é creditado como um dos roteiristas ao lado dos diretores David Pastor e Àlex Pastor. Já o elenco conta com Mario Casas (Sebastián), Georgina Campbell (Claire), Diego Calva (Octavio), Naila Schuberth (Sofia), Alejandra Howard (Anna), Leonardo Sbaraglia (Padre Esteban), entre outros.

Dos produtores do fenômeno global Bird Box, vem aí Bird BoxBarcelona, uma expansão do universo do filme que conquistou o público em 2018. Depois que uma força misteriosa dizima a população do mundo, Sebastian precisa enfrentar uma jornada de sobrevivência pelas ruas desoladas de Barcelona. Mas, ao se aliar a outros sobreviventes em busca de um lugar seguro, eles descobrem uma ameaça ainda mais sinistra que não para de crescer,” diz a sinopse

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O filme consegue ter a própria estética e se diferenciar bastante do Bird Box original. Com a boa fotografia e direção, é possível ver os elementos de terror apresentados anteriormente, mas a estrutura da narrativa toma alguns caminhos alternativos em relação ao primeiro filme.

Claro, essa diferença tem grande ajuda de um grupo apresentado, uma espécie de seita, que possui uma relação bastante diferente com as criaturas que ajudaram a dizimar a sociedade como a conhecemos e causar um verdadeiro apocalipse.

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O começo da narrativa é bastante forte, principalmente ao subverter expectativas com bastante imprevisibilidade, mas parece que isso se perde um pouco e o filme se torna cada vez mais previsível quando chega na metade até o final.

Além desse grupo, o protagonista é um personagem muito interessante. Por mais que ele tenha atitudes questionáveis, o filme apresenta, com flashbacks, o motivo dele estar nessa situação – com destaque para a atuação de Mario Casas.

Pôster de Bird Box Barcelona
Pôster de Bird Box Barcelona (Foto: Divulgação)

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Por falar em atuação, boa parte do elenco consegue entregar o drama proposto pelo apocalipse, em especial as coadjuvantes interpretadas por Georgina Campbell e Alejandra Howard.

Além das novas atmosferas e condições apresentadas por Bird Box Barcelona, o protagonista, Sebastián, interage com grande número de personagens, mais especificamente com dois grupos distintos de sobreviventes. No entanto, existe uma grande discussão sobre religião e como ela pode possuir dois extremos, seja atualmente ou em uma situação apocalíptica – e isso traz uma reflexão interessante.

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Porém, ao mesmo tempo em que isso traz uma dinâmica bacana para a narrativa, você acaba por não se importar com a maioria dessas personagens secundários. Ou seja, quando um deles morre, o peso dramático acaba sem impacto.

Mesmo com esses defeitos, a experiência de assistir Bird Box Barcelona não fica comprometida em nenhum momento. É bastante legal ver a franquia em expansão, principalmente porque o novo filme possui uma estética própria além as ruas de Barcelona.

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douglasc

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