Análise: letal, Palmeiras aproveita poucos erros do São Paulo para triunfar no Choque-Rei

Análise: letal, Palmeiras aproveita poucos erros do São Paulo para triunfar no Choque-Rei

Por Felipe Leite

O Palmeiras já tinha provado isso tempos atrás, mas o Choque-Rei deste domingo (11) corroborou o que todos sabiam: não dá para errar contra o time de Abel Ferreira. O São Paulo fez uma partida boa, criou chances, mas cometeu dois erros, com Arboleda. Dois. Foi o que o Verdão precisou para construir o placar.

Claro, o torcedor alviverde precisa agradecer, e muito, o zagueiro equatoriano. Arboleda entregou bola de graça no lance do primeiro tento — um golaço de Gabriel Menino, de fora da área —, e errou ao tentar limpar lance contra Breno Lopes na etapa final — que resultou em gol de Endrick.

Mas o defensor serve ‘apenas’ de exemplo para o mantra alviverde: foco no plano de jogo e aproveitamento total dos vacilos do adversário. Estes últimos foram fundamentais para a esquadra de Abel, em pleno Morumbi, pela 10ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.

O Palmeiras do técnico português é, sem mais nem menos, letal. Vai te fazer pagar pelos mínimos erros. Era a chance do São Paulo vencer, somente pela segunda vez na era pontos corridos (2006), os cinco primeiros jogos do Brasileirão no Morumbi — mas essa equipe palestrina não se importa com a dimensão estatística adversária.

Além disso, é uma equipe que sabe sofrer. Do início do segundo tempo até o derradeiro gol de Endrick, o Tricolor ditou as ações da partida. A pressão virou blitz em dado momento, após a saída de Naves por cãibras e entrada de Jailson, improvisado, no setor.

Porém, além de ter uma estratégia para momentos em que, como Abel muito enfatizou na entrevista coletiva após o clássico, há muito mérito do rival, o Alviverde conta com um senhor goleiro em sua meta. Weverton foi igualmente crucial para a garantia da tão almejada — e, neste caso, fundamental — ‘baliza a zero’.

O Verdão tem todos os ingredientes para gozar de sucesso absoluto em 2023. Sabe atacar, sabe defender, sabe sofrer. Controla posse, deixa a bola com o adversário, fecha espaços, se propõe a atacar. Não há nada faltando no repertório dos comandados de Abel Ferreira — se alguém tinha qualquer resquício de dúvida, isso foi sanado após o triunfo no Morumbi.

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